Região: Dão - Sub-região de Terras de Senhorim - Carregal do Sal (Oliveira do Conde).
Vinha: Vinha Ruína de 0,27ha, “grand cru” na classificação de Parra, plantas com 35 anos.
Castas: 100% Cerceal-Branco
Clima/Geografia: O clima do Dão é continental moderado, nitidamente marcado pelas cadeias montanhosas que a circundam e que a protegem da influência atlântica. Temperatura média anual: 14°C-16°C, temperatura média no Verão: 18°C-20°C, amplitude térmica diária máxima no verão: 20°C. O Domínio do Açor goza da frescura e continentalidade do Dão, mas ao mesmo tempo o seu mesoclima é mais seco e menos marginal que na Serra da Estrela. As uvas amadurecem lentamente e com imenso equilíbrio entre açúcares e ácidos, e uma carga altíssima de precursores aromáticos.
Solo: Granítico. Muito bem composto entre solo e pedra,
mais precisamente entre o limo ou “silt” típico dos solos graníticos, com as alteritas ou rochas degradadas pelos processos químicos e físicos do intemperismo, além do quartzo e da rocha-mãe granito. Predominam em todo o vinhedo do Domínio do Açor alteritas (rochas muito degradadas pelos processos químicos e físicos do intemperismo) entre os níveis 3 e 5.
Viticultura: Em modo biológico em processo de certificação, consultoria de poda e manejo de Marco Simonit.
Vinificação: Desengace total e esmagamento em prensa pneumática, seguido de decantação natural e fermentação espontânea em barricas, à temperatura entre 20-22ºC. Maloláctica completa. Estágio em barricas sobre as borras finas durante 11 meses, em ambiente redutor. Passagem a limpo e estágio em inox durante 6 meses até ao engarrafamento. Baixa adição de sulfitos antes do engarramento (40mg/l de dióxido de enxofre total). Decantação natural, o vinho não foi clarificado ou filtrado, e pode apresentar depósito.
Estágio: 11 meses em barrica usada de carvalho francês de 500 L. Posteriormente 6 meses em inox.
Notas de Prova: Limão de média intensidade. Revela de forma enfática a mineralidade de granito molhado e o lado citrino e de zestes de laranja da casta no nariz. Na boca a estrutura ácido-sápida é mais tubular, e carrega o perfume citrino e de ervas frescas para o final de boca de muito boa persistência.
Gastronomia: Peixinhos da horta, pataniscas de bacalhau, amêijoas à Bulhão Pato, bacalhau à lagareiro, moqueca capixaba, cozinha japonesa crua.
Temperatura de Serviço: 10-12°C
Estimativa de Guarda: 10 anos
Consultor de Terroir: Pedro Parra
Enologia e Viticultura: Luís Lopes e João Costa