Região: Dão - Sub-região de Terras de Senhorim - Carregal do Sal (Oliveira do Conde).
Vinha: Vinha Celta de 0,65ha (0,49ha de Bical), “grand cru” na classificação de Parra, plantas com 64 anos.
Castas: 100% Bical (ou Borrado das Moscas).
Clima/Geografia: O clima do Dão é continental
moderado, nitidamente marcado pelas cadeias montanhosas que a circundam e que a protegem da influência atlântica. Temperatura média anual: 14°C-16°C, temperatura média no Verão: 18°C-20°C, amplitude térmica diária máxima no verão: 20°C. O Domínio do Açor goza da frescura e continentalidade do Dão, mas ao mesmo tempo o seu mesoclima é mais seco e menos marginal que na Serra da Estrela. As uvas amadurecem lentamente e com imenso equilíbrio entre açúcares e ácidos, e uma carga altíssima de precursores aromáticos.
Solo: Granítico. Muito bem composto entre solo e pedra,
mais precisamente entre o limo ou “silt” típico dos solos graníticos, com as alteritas ou rochas degradadas pelos processos químicos e físicos do intemperismo, além do quartzo e da rocha-mãe granito. Predominam em todo o vinhedo do Domínio do Açor alteritas (rochas muito degradadas pelos processos químicos e físicos do intemperismo) entre os níveis 3 e 5.
Viticultura: Em modo biológico em processo de certificação, consultoria de poda e manejo de Marco Simonit.
Vinificação: Desengace total e esmagamento. Prensagem pneumática, decantação natural e fermentação espontânea em barricas, à temperatura entre 20-22ºC. Maloláctica completa. Estágio em barricas sobre as borras finas durante 11 meses, em ambiente redutor. Passagem a limpo e estágio em inox durante 6 meses até ao engarrafamento. Decantação natural, o vinho não foi clarificado ou filtrado, e pode apresentar depósito. Baixa adição de sulfuroso (38mg/l de dióxido de enxofre total).
Estágio: 11 meses em barricas usadas (uma de carvalho francês 500L e duas de carvalho austríaco/alemão de 500L). Posteriormente 6 meses em inox.
Notas de Prova: Limão na cor. Um nariz fascinante e “savoury”, mineral, com fruta de pomar de polpa branca, limão maduro, impressões mais cremosas de lias e um toque sofisticado de madeira e redução. Entra na boca com grande concentração, tensão, e um fabuloso equilíbrio entre a acidez elétrica, sapidez de granito e untuosidade. Final longo, de raça.
Gastronomia: Bacalhau com natas, caril de gambas, arroz de lavagante, vieiras gratinadas, moqueca baiana.
Temperatura de Serviço: 10-12°C
Estimativa de Guarda: 15 anos
Consultor de Terroir: Pedro Parra
Enólogo Consultor: Luís Lopes
Enólogo Residente: João Costa